quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Formato de texto


ASCII
A tabela de código ASCII (American Standard Code for Information Interchange) surgiu nos anos 60, devido a necessidade de criar um padrão que fosse utilizado por todos os computadores, tornando mais fácil a comunicação entre eles e a troca de dados.

A tabela ASCII utiliza conjuntos de 7 bits para representar 128 caracteres (2^7 caracteres), muitos deles adequados apenas à língua inglesa, por ter sido desenvolvida nos EUA.

A ISO ( International Standards Organization) adoptou o código ASCII como norma internacional, com a designação ISO 646, e ampliou-o, passando a incluir um conjunto de outros idiomas. Para conseguir esta ampliação tiveram de ser utilizados conjuntos de 8 bits 81byte), permitindo representar 256 caracteres (2^8 caracteres), ou seja, aos 128 caracteres iniciais foram acrescentados mais 128. No entanto, estes 256 caracteres continuavam a ser insuficientes para englobar todos os caracteres dos vários idiomas, sendo, por isso, necessário criar variantes regionais.
Para se obter um caracter ASCII num processador de texto, a partir do teclado, pressiona-se a tecla ALT e , simultaneamente, no teclado numérico, digita-se o código da tabela ASCII correspondente ao caracter pretendido.
Unicode
O Unicode é também um código que define todos os caracteres da maior parte das línguas do Mundo. Foi desenvolvido, em simultâneo, por um consórcio industrial, incluindo, entre outras companhias, a Apple, a Adobe, a Microsoft, a Hp, a IBM, a Grae/e, a SAP, a SUN e a Unisys. Permite utilizar conjuntos até 4 bytes (32 bits) para codificar os caracteres, sendo mais extenso que a tabela de código ASCII.





Os códigos disponibilizados pela Unicode permitem representar os caracteres utilizados pelos idiomas modernos e as formas clássicas de alguns idiomas. Codificam, entre outras, caracteres acentuados, símbolos de pontuação, símbolos técnicos e matemáticos e outros símbolos gráficos também conhecidos por dingbats (por exemplo, estrelas e outras formas).
Actualmente é promovido e desenvolvido pela Unicode Consortium, uma organização sem fins lucrativos que coordena o padrão, e que possui a meta de eventualmente substituir esquemas de codificação de caracteres existentes pelo Unicode e pelos esquemas padronizados de transformação Unicode (chamado Unicode Transformation Format, ou UTF). O seu desenvolvimento é feito em conjunto com a Organização Internacional para Padronização (ISO) e compartilha o repertório de caracteres com o ISO/IEC 10646: o Conjunto Universal de Caracteres (UCS). Ambos funcionam equivalentemente como codificadores de caracteres, mas o padrão Unicode fornece muito mais informação para implementadores, cobrindo em detalhes tópicos como ordenação alfabética e visualização.
O seu sucesso em unificar conjuntos de caracteres levou a um uso amplo e predominante na internacionalização e localização de programas de computador. O padrão foi implementado em várias tecnologias recentes, incluindo XML, Java e sistemas operacionais modernos.
Fontes
Uma fonte tipográfica, ou apenas fonte, é um conjunto de caracteres tipográficos com o mesmo desenho ou atributos e podendo também ter o mesmo tamanho.  As fontes podem representar letras, números ou símbolos e são armazenadas em ficheiros, contendo informações sobre as suas características físicas que determinam a forma como serão visualizadas no ecrã e a forma como serão impressas em papel. Cada fonte é identificada por um nome próprio e classificadas de acordo com a sua família. Sendo assim, uma família tipográfica é um conjunto de fontes que têm as mesmas características estilísticas elementares, no entanto podem ser representadas com variações de largura, altura, espessura e de outras características. 

       Existem duas grandes famílias, que são as famílias tipográficas com serifas e as famílias tipográficas sem serifas, que constituem o principal sistema de diferenciação de letras. A principal diferença entre elas é que as letras com serifas têm pequenos traços e prolongamentos no fim das hastes de cada letra, sendo mais usadas em blocos de texto, visto que as serifas tendem a guiar o olhar através do texto; enquanto as letras sem serifas não têm esses prolongamentos, motivo pelo qual são usadas em títulos e chamadas, visto que, ao contrário das famílias tipográficas com serifa, estas valorizam cada palavra individualmente, tendo assim um maior peso e presença para os olhos por parecerem mais "limpas". As duas famílias mais conhecidas que representam cada tipo são o Helvética e a Times.

Características das fontes
Um tipo de fonte descreve um conjunto de características, como o desenho, o tamanho, o espaçamento e a largura dos seus caracteres. Para além destas características, um tipo de fonte tem associados estilos como o itálico, o negrito e o negrito itálico.
Os tipos de fontes são utilizados para reproduzir texto no ecrã e na impressão.
O tamanho de uma fonte utiliza como unidade de medida o ponto (pt) que corresponde aproximadamente a 0,3528mm.
Existem dois tipos de fontes: bitmapped e escaladas. Estes dois tipos são semelhantes, respectivamente, em termos de concepção, às imagens bitmap e vectoriais.
Características das fontes:
• Desenho
• Tamanho
• Espaçamento e a largura dos caracteres

Tem associado:
Estilo itálico, negrito e negrito itálico
 
Tipos de Letra
       Times New Roman- como referido anteriormente, é uma família tipográfica serifada que foi criada em 1931 e, actualmente, é um dos tipos de letra mais conhecidos e usados muldialmente, pois possui uma excelente legibilidade, permitindo a sua utilização em todo o tipo de documentos. O seu criador original foi Victor Lardent, que foi aperfeiçoando os seus desenhos durante um longo periodo de tempo até chegar ao resultado final que hoje conhecemos, e possui esse nome, pois foi criada para o uso do jornal "Times" e é uma releitura das antigas tipografias clássicas, "New Roman".
 
       Garamond- tal com a "Times New Roman", a Garamond também é um dos tipos de letra mais conhecidos e usados mundialmente. Foi criada em 1530 pelo francês Claude Garamond, que deu assim origem ao nome do tipo de letra. Actualmente, é alvo de várias derivadas, no entanto, as famílias tipográficas inspiradas na Garamond diferem da original em vários aspectos ligados ás suas características. A maior parte destas versões encontram-se disponíveis para computadores digitais e, tal como a "Times", é muito utilizado na composição de texto corrido por possuir uma boa legibilidade.
       Arial- como já analisamos, é uma família tipográfica sem serifa que foi criada em 1982 por Robin Nicholas e Patrícia Saunders no Reino Unido. É uma fonte padrão, ou seja, possui um conjunto de fontes derivadas da Arial Regular, ou apenas "Arial". A Arial é alvo de várias críticas entre os designers gráficos, visto que surgiu para concorrer com a fonte Helvetica, considerando-na assim como uma "cópia inferior da Helvetica", no entanto, elas são apenas semelhantes, pois apesar de ser inspirada no desenho da mesma fonte que serviu de inspiração para a Helvetica (Akzidenz Grotesk), a Arial possui alterações quanto á sua forma e espaçamento entre as letras, tornando-a mais legível nos monitores em diversas resoluções.

Fontes bitmapped
As fontes bitmapped são guardadas como uma matriz de pixeís e, por conseguinte, ao serem ampliadas, perdem a qualidade. São concebidas com uma resolução e um tamanho especificos para uma impressora especifica, não podendo ser escaladas. As cinco fontes bitmapped são: courier, MS Sans Serif, MS Serif, Small e Symbol.
Fontes escaladas
Fontes type 1
As fontes Type 1 (ou fontes PostScript) contêm caracteres definidos no código PostScript. Foi a Adobe quem desenvolveu e produziu este tipo de fontes e também distribui muitos caracteres Type 1.
Estas fontes são produzidas para trabalhar, por exemplo, com impressoras PostScript, em que o detalhe obtido cumpre os padrões de qualidade estabelecidos na indústria tipográfica.
Fontes true type
As fontes True Type foram criadas pela Apple para competir com as fontes Type 1 da Apple em PostScript. Mais tarde, a Microsoft aliou-se à Apple e estas fontes foram incluídas a partir do Windows 3.1 e do Mac OS 7.
Estas fontes contêm o seu próprio algoritmo para converter as linhas de contorno em bitmaps. São dimensionáveis para qualquer altura e podem ser impressas exactamente como aparecem no ecrã.
Como estas fontes não são compatíveis com o código PostScript, é necessário convertê-las em fontes Type 1, mas a impressão é lenta e com erros. Por isso, este tipo de fontes não é muito utilizado em impressoras PostScript.
Estas fontes são guardadas, no WIndows, num ficheiro com a extensão .ttf (True Type File).
Fontes open type
As fontes OpenType são um novo formato desenvolvido pela Adobe e Microsft. O ficheiro OpenType é uma extensão do formato TrueType que suporta as fontes Type 1 e o código PostScript.
As fontes OpenType que contêm o esquema Type 1 são guardadas com a extensão .otf, enquanto que aquelas que suportam o formato TrueType apresentam a extensão .otf, .ttf ou .ttc.
Estas fontes incluem um vasto conjunto de caracteres e traços para fornecer um suporte linguístico mais rico e avançado controlo tipográfico. Todas as fontes OpenType podem ser instaladas e usadas juntamente com as fontes Type 1 (PostScript) e TrueType.